quinta-feira, 8 de outubro de 2009

I SEMINÁRIO DE PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA





Prezados,

Publicar suas idéias e resultados de pesquisa é inerente à atividade do
docente e dos alunos de pós-graduação e torna-se indispensável, quando se
recebem recursos financeiros públicos para o desenvolvimento dos projetos de
pesquisa. Além disto, a publicação científica constitui um dos principais
indicadores de produção acadêmica, com impacto no processo de transformação
social das pesquisas, na competitividade dos docentes na busca por recursos,
na avaliação dos programas de pós-graduação e na formação dos mestrandos e
doutorandos. Por estas razões, a Proppi promoverá o I Seminário de
Publicação Científica que ocorrerá no dia 05 de novembro no Teatro da UFF
com o objetivo de discutirmos os mais diferentes aspectos sobre o tema,
incluindo o papel da publicação no contexto histórico da ciência. O
Seminário possui também um objetivo mais instrumental de fornecer elementos
para que o docente e, principalmente, o aluno de pós-gradaução aumente sua
capacidade de publicar com qualidade oferecendo o relato de experiência de
alguns pesquisadores de sucesso, além da apresentação de temas como o novo
sistema Qualis da CAPES, sistemas de busca de informações científicas pela
internet, estratégias para redigir um artigo original e a visão do editor de
um periódico sobre o processo de avaliação dos artigos submetidos para
publicação. As inscrições de docentes, alunos e servidores da UFF podem ser
feitas gratuitamente no endereço eletrônico:



terça-feira, 6 de outubro de 2009


ENEM: o que é comodificado é mercadoria
Roberto Leher (FEUFRJ)
O ramo de negócios educacionais tem na avaliação estandardizada um dos seus principais filões. Não foi por outro motivo que, quando as corporações educacionais dos países hegemônicos reivindicaram na OMC a liberalização da educação, incluíram a abertura dos editais de avaliação padronizada à concorrência internacional[1].
A avaliação do ensino médio por meio do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) está inscrita na mercantilização da esfera educativa e as recentes fraudes no Exame, denunciadas pelo O Estado de São Paulo e, com mais detalhes, por outros jornais, estão intimamente associadas a essa comodificação: a avaliação foi deslocada da esfera educativa para a do dinheiro.  E esse movimento tem consequências.
Embora os Estados não possam tolerar determinadas ilegalidades, como é o caso óbvio da venda de provas (não resta dúvida de que para o MEC isso foi um desastre), a busca de lucros com a mercadoria avaliação inevitavelmente deixa brechas, pois, no circuito mercantil, as fronteiras entre o lícito e o ilícito são muito porosas e fluidas.
serviço terceirizado de avaliação para ingresso na universidade (ENEM) tem origem nas empresas nutridas pela política de vestibulares da ditadura empresarial- militar, como é o caso, no Rio de Janeiro, da Fundação Cesgranrio. Como parte da concorrência pelo lucro, fundações de direito privado nascidas nas universidades públicas entraram no negócio. Os recentes acontecimentos envolvendo as fundações privadas na UnB, UFSP e pelo alentado relatório do TCU[2] atestam que, nelas, os negócios ilícitos não são uma rara excepcionalidade.
Cabe indagar: qual a legitimidade desses consórcios e empresas que se engalfinham por dinheiro para avaliar o conjunto da juventude que concluiu o ensino médio e que almejam prosseguir seus estudos? Nesse ambiente mercantil, muito provavelmente surgirão outros problemas no futuro, colocando o caráter público das universidades em jogo. São dezenas de milhões de Reais, concorrências duras, alianças e cisões entre grupos que operam essa capitalizada máquina de venda de serviços de avaliação.
O que mais surpreendente nas contradições do processo de comodificação da avaliação é que as próprias instituições públicas assimilaram que a avaliação é um serviço a ser subcontratado. A autonomia didático-cientí fica da universidade, assegurada pela Constituição, é tornada letra morta. É como se a experiência de luta das universidades públicas contra o vestibular unificado não tivesse ensinado que a avaliação é parte indissociável da autonomia universitária.
Não é fato que o vestibular das públicas é estritamente conteudista e o ENEM é uma prova que privilegia o “raciocínio”. Há muitos anos a UFRJ vem aperfeiçoando seus exames, combinando a imprescindível aferição do conhecimento científico, tecnológico, artístico e cultural com a apropriação da linguagem e com a capacidade operatória de aplicar o conhecimento na análise de problemas. A rigor, afirmar que na ciência, na arte e na cultura é possível raciocinar sem conceitos é um absurdo epistemológico.
O vestibular é um instrumento de seleção que somente tem sentido porque o direito à educação não é assegurado pelo Estado. O vestibular atual sequer assegura as vagas daqueles estudantes que foram aprovados nas provas (gerando os chamados excedentes que, em 1968, impulsionaram a rebeldia estudantil e que o vestibular unificado veio fazer desaparecer! ). Contudo, a seleção feita pelas próprias universidades, em âmbito estadual, tem o mérito de poder ampliar as interações das escolas de ensino básico com a universidade em cada estado, buscando maior congruência entre a universidade e as escolas, por meio de desejáveis articulações educacionais com a rede pública da educação básica.
As ditas provas de “raciocínio” do ENEM, a pretexto da democratização, vêm promovendo um rebaixamento da agenda de estudos que terá conseqüências muito negativas para a educação básica. É uma quimera afirmar que um exame rebaixado e nacional abre a universidade pública aos setores populares.  Como o exame é classificatório, não importa se o último ingressante teve nota 5, 6 ou 9. Este é um sistema que beneficia o mercado privado de educação: os estudantes que não lograram serem classificados nas públicas não terão outra alternativa que a de buscar uma instituição privada. E o MEC, reconhecendo a dita eficiência privada no fornecimento da mercadoria educação, prontamente se disponibiliza a repassar recursos públicos para incentivar as privadas a atender ao crescimento da demanda.
Ao contrário da publicidade oficial, o ENEM privilegia os estudantes de maior renda. Um estudante paulista que, apesar de elevada nota, não ingressou na faculdade de medicina da USP (dada a concorrência) , poderá, com os seus pontos, frequentar o mesmo curso em uma universidade pública em outro estado, desde que tenha recursos. A mobilidade estudantil pretendida somente favorece os que possuem renda para se deslocar, uma vez que as universidades não dispõem de moradias estudantis e políticas de assistência estudantil compatível com as necessidades.
O atual desmonte do ENEM pode ensejar um debate mais amplo e profundo sobre as formas de ingresso na universidade que permita a superação progressiva do vestibular. Experiências de ingresso a partir de políticas públicas de educação nas escolas públicas, considerando a situação econômica dos estudantes, podem ser um viés fecundo, um caminho para que a universalização do direito à educação seja de fato uma universalização em que caibam todos os rostos.


[1] No Documento S⁄CSS⁄W⁄23, de 18 de dezembro de 2000, dirigido ao Conselho de Comércio de Serviços da OMC, os EUA apresentam uma proposta relativa aos serviços de ensino superior, ensino de adultos e de capacitação com o objetivo de “liberalizar a comercialização deste importante setor da economia mundial removendo obstáculos que se opõem à transmissão desses serviços além da fronteiras nacionais por meios eletrônicos ou materiais ou o estabelecimento e exploração de instalações para proporcionar serviços a estudantes em seu país ou no estrangeiro”.

[2] . Tribunal de Contas da União, Acórdão 2731/ 2008.

sábado, 3 de outubro de 2009

Embaixada dos EUA seleciona Jovens Líderes Brasileiros

A embaixada dos Estados Unidos seleciona 18 universitários
brasileiros para participar da terceira edição do Programa de Estudos
 sobre os EUA para Jovens Líderes do Brasil. O programa de imersão
 cultural de cinco semanas tem o objetivo de proporcionar aos
 participantes uma compreensão mais ampla dos Estados Unidos e, ao
 mesmo tempo, reforçar a capacidade de liderança destes jovens. A
 viagem será no dia 20 de janeiro de 2010.
  
 Para participar do intercâmbio, o interessado deve comprovar fluência
 em inglês através dos exames de proficiência, TOEFL ou TELP, estar
 cursando até o terceiro ano de qualquer curso superior em uma
 universidade brasileira e estar engajado em atividades comunitárias.
 “Além de fluência em inglês, queremos estudantes envolvidos com a vida
 comunitária da região onde vivem”, explica a assessora cultural da
 embaixada dos Estados Unidos no Brasil.
  
 As inscrições para o programa abrem no dia 14 de setembro e se
 encerram impreterivelmente no dia 30 de outubro. Os interessados em
 participar do processo de seleção devem preencher o formulário no
  
 Os 18 alunos selecionados terão cursos nas áreas de história e cultura
 americana e participarão também de trabalhos com as comunidades nos
 EUA. Além disso, eles visitarão Washington D.C. e outras cidades como
 parte do intercâmbio.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dom Quixote de Orson Welles no Cinemacunaíma dias 06 e 07/10



Atenção Estudantes da Universidade Federal Fluminense!!
Estamos passando por um momento de extrema importância  diante dos Cursos Pagos e da falta de democracia nos espaços dessa universidade. Já foi aprovado, ano passado, no Conselho Universitário (CUV) a realização do Plebiscitro dos Cursos Pagos. Mas os setores favoráveis a esses cursos autofina ciáveis, fazem questão de atrapalhar a realização da consulta à comunidade universitária, se posioconam CONTRA O PLEBISCITO, CONTRA A CONSULTA DA OPNIÃO DOS ESTUDANTES, DOS PROFESSORES E DOS TÉCNICOS.
 Há tempos os CUVs não dão quorum quando vamos votar esse assunto e, então, ele não avança. ISSO É GOLPE!!
E nós não podemos ficar parad@s!! Nós temos que nos organizar, temos que debater sobre essa questão e lutar pela democracia na universidade!
Precisamos de um espaço dos estudantes para debater e, por isso, na próxima terça-feira, ocorrerá a Assembléia Geral dos estudantes da UFF, e essa é uma grande oportunidade de organização do movimento, sempre em defesa da educação gratuita e de qualidade, para todos e todas!!



ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES DA UFF 



Dia 06/10, terça-feira,
Às 18h
No bandejão
Pauta: Cursos Pagos na UFF e Plebiscito


participe!!! !
Diretório Central dos Estudantes da UFF
Conselho de Centros e Diretórios Acadêmicos da UFF

Manual dos Calouros 2009/2

Download do pdf do manual aqui.